quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Brincando de Poetisa

     Pois é, como já disse à vocês, escrever é meu hobby predileto. Simplesmente me encanto com as palavras, e para mim não é necessário ter um motivo para escrever, sempre sento pego um papel e uma caneta e deixo a imaginação me guiar, acho que esse método é muito mais produtivo.
     E gosto muito de brincar com as palavras e resolvi escrever um poema outro dia, mais não tinha para quem mostrar, foi então que resolvi fazer o blog para poder expor minhas criações.
  


Cansaço



Cansei de guerras.
Mas também cansei de clichês que pedem paz;
Pois não passam de comerciais ou de mais um cartaz.
Tudo só fica no papel,
Mas nenhuma atitude é tomada
E a cada dia que passa somos obrigados a ver mais uma desgraça.

É mãe que mata filho,
Filho que mata pai,
Barranco que despenca,
Mais um avião que cai.

O que vamos fazer?
Sentar e esperar?
Esperar o que?
O Bin Laden aparecer e mais torres derrubar?

Cansei de televisão,
Mudo de canal e são impressionantes as notícias que eles dão!

Chega a ser sarcástico no que transformamos nosso planeta,
Vivemos pedindo paz e união,
Mas os seres humanos só causam destruição.

A natureza grita, pede socorro,
Mas poucos a ajuda
E muitos não a cuida.

O congresso?
Prefiro não comentar
Dizem que ele é o futuro,
Então o futuro precisa recomeçar!

Esse é o meu grito de apelo!
Vamos tomar consciência dos nossos atos
Pois o planeta ainda tem jeito.


Kamila Mayara de Sousa Rocha

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Conto

            Gente, gostaria de pedir desculpas à vocês por estar postando algo que não tem muito a ver com o "tema" do blog, mais ao mesmo tempo gostaria de compartilhar com vocês uma das coisas que mais amo fazer -escrever - e  contos é algo que me encanta... então leiam e divirtam-se.

Oito e Meia




            Ademir andava de um lado para o outro do seu quarto como se quisesse que o tempo corresse mais rápido, já eram oito e meia da noite e sua esposa Joana já tardava a chegar.
             Joana era uma empregada doméstica que trabalhava de segunda a sábado a mais de 10 anos na casa de sua patroa Dª Judite Stolleat uma mulher aparentemente amável e de fácil convivência. Entretanto Dª Judite era casada com o Sr. Omar Stolleat que apesar de ser muito belo era muito agressivo e estúpido.
          Todo dia Joana costumava chegar ao mesmo horário, às seis e meia da tarde mais ou menos, preparava o jantar, arrumava a cama, e esperava seu esposo na sala sempre assistindo alguma reportagem na TV. Mas, especialmente naquele dia 14 de novembro Ademir chegara em casa e não encontrou Judite vestida na sua camisola de seda branca e com um gostoso perfume amadeirado.
          Ademar por um momento pensou que Joana talvez tivesse perdido o ônibus ou então este quebrara no meio do caminho, mas logo depois pensou que ela teria avisado, então começou a inventar desculpas para si mesmo para justificar a ausência de Joana naquele horário em casa. Pensou que Dª Judite poderia ter pedido para ela fazer hora extra ou às vezes não deu tempo de terminar alguma tarefa mais complexa, passou algum tempo e Ademir caiu em si: Suas desculpas haviam acabado. Já era oito e meia e nada de Joana cruzar a porta e contar o que realmente acontecera.
          Mal sabia ele que Joana estava do outro lado da cidade na casa da Dª Judite e do Sr Omar trancada em um quarto contra sua vontade. Isso tudo por causa da estupidez do Sr Omar.
          Naquele dia 14 de novembro Joana havia chegado, como era de praxe, as seis da matina na casa dos Stolleat só que dessa vez quem atendera a porta não foi sua patroa e sim o filho do casal, Rodrigo Stolleat que era um garoto amável, muito inteligente e já estava no último ano de engenharia civil em uma renomada universidade federal.
          Rodrigo gostava muito de Joana e sempre a incentivava a voltar a estudar e sempre se dispôs a ajudá-la quando fosse necessário. Naquele dia não seria diferente. Rodrigo perguntou se Joana estava disposta a aprender português e matemática sempre depois do horário de serviço.
          Joana nem pensou duas vezes aceitou na hora, pois o seu maior sonho era ser alguém assim como Rodrigo: inteligente, esforçado, bem sucedido; então ficou combinado que naquele mesmo dia começariam as aulas que teriam duração de 1 hora por dia.
          Quando o relógio apontou 6 da tarde Joana correu para o quarto e foi trocar de roupa para esperar Rodrigo, mal via a hora de começar a aprender coisas novas.
          Começou a tirar o uniforme e quando só se encontrava de roupas íntimas ouviu a porta se abrir e gritou:
            ─Espere um momento Rodrigo!
            Mas para a sua surpresa a porta continuou se abrindo e quando ela se virou para ver quem era qual não foi a sua surpresa- seu Omar estava dentro do quarto olhando para o corpo esbelto de Joana com olhos de desejo.
         Sr o que faz aqui? Perguntou Joana com as mãos tentando esconder os grandes seios e suas partes íntimas. Seco e estúpido Sr Omar apenas respondeu que a casa era dele e ele podia entrar em qualquer lugar na hora que bem entendesse, e que não era uma “empregadinha” que iria impedi-lo de fazer isso.
          Joana com muita vergonha ainda tampando as partes íntimas com as mãos pediu pra o Sr Omar sair do quarto para que ela pudesse vestir sua roupa, mas ele fez de conta que não ouviu o pedido e continuou falando:
            - Posso saber por que quando você ouviu a porta se abrir chamou pelo Rodrigo? Por uma acaso anda se deitando com ele sua vagabunda? Está pensando que é fácil assim dar o golpe do baú?
            Antes mesmo de Joana começar explicar por que chamou pelo nome do Rodrigo e porque estava vestida daquela maneira, Sr Omar emendou sua fala:
            - Pois é como vagabunda e prostituta que você deixa meu filho tratar você, pois é dessa mesma forma que eu irei te tratar daqui para frente, talvez Rodrigo não tenha te mostrado como é a realidade de uma mulher que opta por essa vida, mas eu te mostrarei com detalhes agora!
          Joana desesperada gritou e pediu socorro, era inútil não havia mais ninguém na casa a não ser ela e o Sr Omar. Ela tentou fugir das grandes mãos dele que a puxou pelo braço e a jogou na cama de um modo que ela não conseguia mover-se, então Sr Omar arrancou o soutien e a calcinha que ela vestia e puxou seus cabelos  longos e negros como se quisesse arrancá-los, abriu suas pernas tirou o pênis e penetrou Joana como se ela fosse um animal. Ele gemia enlouquecidamente enquanto Joana gritava e chorava de dor.
             Não demorou muito Omar ejaculou, saiu de dentro de Joana como se ela fosse um objeto qualquer, vestiu suas roupas e disse que se ela abrisse a boca para contar para alguém o que tinha acontecido ele a mataria, mas antes dele terminar de ameaçar Rodrigo entrou no quarto perguntando o que significava aquilo, Omar tentando disfarçar inventou uma desculpa esfarrapada, mas Rodrigo respondeu que não era bobo e sabia exatamente o que tinha acabado de ocorrer.
          Omar olhou para a cômoda e avistou uma tesoura e sem pensar muito a pegou, foi para cima de Rodrigo e deu um golpe certeiro to coração do seu próprio filho que já caiu morto no chão; mas aquele dia não era o dia de sorte de Omar, pois a mulher dele tinha acabado de ver o assassinato e estava horrorizada e tomada pelo ódio, foi para cima do esposo com unhas e dentes, mas Omar mais uma vez sem dó deu mais um golpe certeiro só que desta vez na barriga da Dª Judite.
          Agora sim eram apenas o Sr Omar e Joana dentro daquele quarto que agora além de uma cama, uma cômoda e um guarda roupas, tinha também dois corpos ensangüentados no chão. Omar saiu correndo parecendo não acreditar que tinha acabado de matar toda sua família e trancou Joana dentro do quarto juntamente com Rodrigo e Dª Judite, só que estes mortos.
          Já eram 8 da noite e nada do Omar aparecer para soltar Joana. Foram as piores 2 horas da vida dela sem dúvida. Ela já tinha procurado algum lugar para fugir, mas o quarto não tinha janelas, a única porta estava trancada e a chave estava com um psicopata.
          Ás oito e meia Joana ouviu o mesmo som que ouvira há 2 horas: a porta se abrindo e o Sr Omar entrando, só que dessa vez ela não se virou, continuou sentada de costas para a porta, só tinha visão da parede branca que ficava a sua frente e foi a última coisa que viu, pois Omar veio calado e certeiro novamente enfiou a mesma tesoura dos crimes anteriores nas costas esguias de Joana.
          Ademir continuava a andar de um lado para o outro no quarto como se quisesse que o tempo corresse mais rápido, eram oito e meia e Joana sua esposa já tardava a chegar.

Kamila Mayara de Sousa Rocha 01/06/10